O contrato milionário entre a ex gestão de Elinaldo e a empresa de segurança Vigseg, assinado no pregão número 049/2017, é algo que, se as alegações forem confirmadas, vai deixar qualquer um de boca aberta. E os detalhes? Bom, esses são de fazer qualquer um engasgar com o café da manhã.
De acordo com a denúncia feita por Andrade, a segurança pública de “alta qualidade” que foi contratada na gestão de Elinaldo envolvia nada menos que 6 cães, sendo 3 deles para o turno diurno e 3 para o turno noturno. E não, não é erro de digitação! Estamos falando de R$ 8.893,00 mensais para cada cão diurno. Já os cães noturnos, esses mereciam uma recompensa ainda maior, com R$ 10.273,00 mensais por unidade.
Ao todo, o valor mensal do contrato com os cães somava nada menos que R$ 58.509,00. Agora, se considerarmos o período de 8 anos, o custo total com os 6 cães chegaria a inacreditáveis R$ 5.616.864,00. E a grande pergunta é: onde estavam esses cães? Porque, convenhamos, até agora ninguém nunca os viu patrulhando as ruas da cidade. Será que estavam patrulhando o inferno, como os cães de Cerberus da mitologia grega? Se sim, precisamos saber onde fica esse inferno, porque até agora, ninguém testemunhou um desses “caninos de luxo” em ação.
O que mais causa estranheza nessa história é o fato de ninguém, absolutamente ninguém, ter visto esses cães, apesar de tanto dinheiro ter sido destinado a eles. Se a segurança de Camaçari dependia desses cães para garantir a ordem na cidade, como é possível que, após tanto investimento, eles nunca tenham sido vistos fazendo o trabalho para o qual foram contratados?
Será que estamos falando de um ato de “proteção” que ficou restrito apenas no papel? Ou será que, por trás dessa história, existe algo mais sombrio, como supostos atos de corrupção, onde recursos públicos foram destinados a contratos milionários sem o devido retorno para a população? Se esses cães realmente existiram, onde estão os registros e as evidências de sua atuação? E mais importante: quem está de olho nisso tudo?
Claro, tudo isso ainda é uma denúncia que precisa ser investigada a fundo. Mas a quantidade de dinheiro envolvida e a falta de transparência sobre a aplicação dos recursos levanta sérias suspeitas. A cidade tem o direito de saber o que realmente aconteceu com essa fortuna destinada à “segurança pública”. E, até que tudo seja esclarecido, fica a dúvida no ar: será que os “cães de segurança” eram realmente do tipo Cerberus, guardiões de algo muito mais obscuro, ou um mero espetáculo para encobrir algo muito mais grave?
