Unigel Busca Acordo com Credores para Evitar Recuperação Judicial
Após completar um processo de recuperação extrajudicial há oito meses, a Unigel, empresa do setor petroquímico com unidades na Bahia, está em negociações com seus credores para estabelecer um novo acordo até o dia 16 de outubro. O objetivo é evitar a declaração de recuperação judicial, uma medida que poderia agravar sua situação financeira.
Atualmente, a Unigel enfrenta um passivo de R$ 3,8 bilhões em dívidas e está solicitando que os credores aceitem a suspensão das cobranças até janeiro do próximo ano. Este prazo é crucial, pois a empresa espera que sua fábrica de ácido sulfúrico, localizada em Camaçari, comece a operar e gerar receita a partir de janeiro.
Com investimento total de US$ 135 milhões, a unidade deve estar concluída em dezembro de 2023, embora informes de maio de 2023 indiquem que ainda seriam necessários US$ 36,8 milhões para finalizar as obras, sendo que a maior parte desse montante estava prevista para ser utilizada até o final de 2025.
Nos últimos meses, a Unigel priorizou o pagamento de serviços essenciais relacionados à construção da nova planta, o que resultou no acúmulo de dívidas com fornecedores mais antigos. Essa situação levou alguns fornecedores a cortarem o fornecimento de matérias-primas, incluindo gás, o que cria um desafio adicional para a operação da empresa.
Em resposta à situação crítica, a Unigel obteve em agosto uma liminar que suspendeu a execução de suas dívidas por um período de dois meses. Entretanto, esse prazo está se esgotando e as negociações com 48 credores estão se mostrando complicadas.
Ainda em busca de diversificação, a empresa também investiu US$ 60 milhões na aquisição de equipamentos para uma planta de hidrogênio verde, destinada à produção de amônia "verde", um material com valor agregado considerável. Contudo, em função da crise financeira, a construção dessa fábrica foi interrompida na Europa, aguardando uma melhor oportunidade. Surpreendentemente, US$ 30 milhões da dívida total da Unigel referem-se a equipamentos que ainda não foram utilizados.
Além disso, a Unigel enfrentou dificuldades na produção de acrílicos em Camaçari, que se tornaram inviáveis economicamente devido à concorrência de materiais importados mais baratos. Como resultado, a produção nas duas plantas de acrílicos da empresa foi interrompida em abril deste ano.
Atualmente, a produção de plásticos, que já representou cerca de 60% da receita da Unigel, agora corresponde a 100% do total. Em razão desse novo cenário, a companhia decidiu concentrar todos os esforços na conclusão da planta de ácido sulfúrico, que deve ter capacidade para produzir 600 mil toneladas anualmente, gerando cerca de US$ 60 milhões em receita.
Em meio a esses desafiadores desenvolvimentos, a Unigel procura alternativas para estabilizar sua operação e retomar o crescimento no setor petroquímico.
Unigel Busca Acordo com Credores para Evitar Recuperação Judicial
Após completar um processo de recuperação extrajudicial há oito meses, a Unigel, empresa do setor petroquímico com unidades na Bahia, está em negociações com seus credores para estabelecer um novo acordo até o dia 16 de outubro. O objetivo é evitar a declaração de recuperação judicial, uma medida que poderia agravar sua situação financeira.
Atualmente, a Unigel enfrenta um passivo de R$ 3,8 bilhões em dívidas e está solicitando que os credores aceitem a suspensão das cobranças até janeiro do próximo ano. Este prazo é crucial, pois a empresa espera que sua fábrica de ácido sulfúrico, localizada em Camaçari, comece a operar e gerar receita a partir de janeiro.
Com investimento total de US$ 135 milhões, a unidade deve estar concluída em dezembro de 2023, embora informes de maio de 2023 indiquem que ainda seriam necessários US$ 36,8 milhões para finalizar as obras, sendo que a maior parte desse montante estava prevista para ser utilizada até o final de 2025.
Nos últimos meses, a Unigel priorizou o pagamento de serviços essenciais relacionados à construção da nova planta, o que resultou no acúmulo de dívidas com fornecedores mais antigos. Essa situação levou alguns fornecedores a cortarem o fornecimento de matérias-primas, incluindo gás, o que cria um desafio adicional para a operação da empresa.
Em resposta à situação crítica, a Unigel obteve em agosto uma liminar que suspendeu a execução de suas dívidas por um período de dois meses. Entretanto, esse prazo está se esgotando e as negociações com 48 credores estão se mostrando complicadas.
Ainda em busca de diversificação, a empresa também investiu US$ 60 milhões na aquisição de equipamentos para uma planta de hidrogênio verde, destinada à produção de amônia "verde", um material com valor agregado considerável. Contudo, em função da crise financeira, a construção dessa fábrica foi interrompida na Europa, aguardando uma melhor oportunidade. Surpreendentemente, US$ 30 milhões da dívida total da Unigel referem-se a equipamentos que ainda não foram utilizados.
Além disso, a Unigel enfrentou dificuldades na produção de acrílicos em Camaçari, que se tornaram inviáveis economicamente devido à concorrência de materiais importados mais baratos. Como resultado, a produção nas duas plantas de acrílicos da empresa foi interrompida em abril deste ano.
Atualmente, a produção de plásticos, que já representou cerca de 60% da receita da Unigel, agora corresponde a 100% do total. Em razão desse novo cenário, a companhia decidiu concentrar todos os esforços na conclusão da planta de ácido sulfúrico, que deve ter capacidade para produzir 600 mil toneladas anualmente, gerando cerca de US$ 60 milhões em receita.
Em meio a esses desafiadores desenvolvimentos, a Unigel procura alternativas para estabilizar sua operação e retomar o crescimento no setor petroquímico.






