A montadora BYD deu início à produção de veículos elétricos e híbridos em sua nova fábrica, localizada em Camaçari, na Bahia. A cerimônia de inauguração ocorreu nesta quinta-feira (9) e contou com a presença de autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro da Casa Civil Rui Costa e o governador baiano Jerônimo Rodrigues, além do CEO global da BYD, Wang Chuanfu. Este projeto representa um investimento de R$ 5,5 bilhões e estabelece o primeiro complexo de produção de veículos eletrificados no Brasil, consolidando o país como um polo estratégico para a fabricante chinesa.
As operações iniciais da fábrica têm como foco três modelos: o hatch elétrico Dolphin Mini, o SUV híbrido Song Pro e o sedã médio King. A produção começará em regime SKD, utilizando kits semi-desmontados enviados da China, mas a montadora planeja expandir sua linha, com expectativa de lançar até oito modelos até o final de 2026. Com uma área total de 4,6 milhões de metros quadrados, a unidade foi projetada para incorporar tecnologias com foco na redução de emissões, equipando suas linhas de produção com robôs que cuidam da instalação de baterias e vidros.
A localização em Camaçari foi estrategicamente escolhida por sua proximidade a portos e centros de distribuição, facilitando a logística para as regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. Durante a inauguração, as autoridades ressaltaram o potencial da fábrica para inovar a mobilidade sustentável no país.
Histórico da Aquisição do Terreno
O espaço onde a BYD agora se instala pertencia anteriormente à Ford, que encerrou suas operações no Brasil em 2021. Em agosto do ano passado, a Ford devolveu o terreno ao governo da Bahia, que trabalha na venda para a BYD desde outubro. As obras começaram em março de 2024, com um total de 156 mil metros quadrados de novas estruturas sendo erguidas, apesar de enfrentarem embargos temporários relacionados a investigações sobre as condições de trabalho nos canteiros de obra. As atividades puderam avançar após a liberação de algumas obras em julho de 2025.
Essa transformação do terreno abandonado em um complexo industrial moderno demandou 15 meses de trabalho e priorizou adaptações para permitir a montagem automatizada dos veículos.
Modelos Iniciais em Produção
A nova fábrica já inicia sua produção com três carros adaptados ao mercado brasileiro, sendo eles:
- Dolphin Mini: Hatch elétrico compacto, que já se destaca como líder de vendas no Brasil com mais de 34 mil unidades emplacadas, cuja versão nacional tem preço de R$ 119 mil.
- Song Pro: SUV híbrido plug-in, que incorpora um motor 1.5 DM-i flex, produto de um desenvolvimento conjunto entre engenheiros brasileiros e chineses.
- King: Sedã médio híbrido, com faixas de preço que variam entre R$ 150 mil e R$ 180 mil, apresentando uma autonomia que supera 1.000 km.
Esses veículos representam 80% das vendas da BYD no Brasil desde 2022, totalizando 172 mil unidades eletrificadas. A expansão para a produção de mais modelos está prevista para os próximos 12 meses, aumentando a capacidade de fabricação para 150 mil veículos anuais na primeira fase, com o objetivo de nacionalizar 80% dos componentes até 2030.
Expansão para Componentes e Chassis
O complexo da BYD não se limita à montagem de automóveis, já que inclui três unidades integradas. A segunda fase da operação prevê a produção de chassis para ônibus e caminhões elétricos, com capacidade para 5 mil unidades anuais a partir de 2026, atendendo às demandas por transportes urbanos sustentáveis. Além disso, uma nova planta dedicada ao processamento de lítio e ferro-fosfato para baterias deve iniciar operações em 2027, explicando a proposta de usar recursos nacionais na construção da cadeia de suprimentos.
Esses investimentos adicionais para o setor pesado devem alcançar R$ 2 bilhões.
Geração de Empregos e Colaboração com Fornecedores
Inicialmente, a unidade da BYD gera 1.500 empregos diretos, com a meta de alcançar 10 mil até 2026, além de criar até 20 mil empregos indiretos na região. Com a ajuda de um programa de qualificação, a empresa pretende treinar 5 mil profissionais em novas tecnologias até o final de 2025, priorizando contratações de residentes locais.
Com 106 fornecedores brasileiros já homologados, a BYD destaca a importância de parcerias, como a com a Continental Pneus em Camaçari, reforçando sua presença no mercado e aumentando o conteúdo nacional de 30% para 70% em cinco anos, o que poderá beneficiar a economia baiana.
Avanços Tecnológicos na Linha de Produção
A fábrica conta com tecnologias inovadoras, como robôs que realizam a instalação de baterias com alta precisão, reduzindo o tempo de montagem em 20%. A implementação de um sistema de sequenciamento inteligente ajusta a produção conforme a demanda do mercado e as condições de estoque.
Com um nível de ruído controlado abaixo de 70 decibéis, a indústria assegura um ambiente de trabalho mais ergonômico. Sensores monitoram em tempo real cada veículo durante a produção, permitindo a identificação de falhas antes da finalização, e toda a tecnologia da unidade está alinhada com as regulamentações de emissões do Proconve L7.
Esse projeto posiciona a nova instalação em Camaçari como um modelo de manufatura sustentável na América Latina, com a capacidade de realizar testes de durabilidade em condições climáticas tropicais.
A montadora BYD deu início à produção de veículos elétricos e híbridos em sua nova fábrica, localizada em Camaçari, na Bahia. A cerimônia de inauguração ocorreu nesta quinta-feira (9) e contou com a presença de autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro da Casa Civil Rui Costa e o governador baiano Jerônimo Rodrigues, além do CEO global da BYD, Wang Chuanfu. Este projeto representa um investimento de R$ 5,5 bilhões e estabelece o primeiro complexo de produção de veículos eletrificados no Brasil, consolidando o país como um polo estratégico para a fabricante chinesa.
As operações iniciais da fábrica têm como foco três modelos: o hatch elétrico Dolphin Mini, o SUV híbrido Song Pro e o sedã médio King. A produção começará em regime SKD, utilizando kits semi-desmontados enviados da China, mas a montadora planeja expandir sua linha, com expectativa de lançar até oito modelos até o final de 2026. Com uma área total de 4,6 milhões de metros quadrados, a unidade foi projetada para incorporar tecnologias com foco na redução de emissões, equipando suas linhas de produção com robôs que cuidam da instalação de baterias e vidros.
A localização em Camaçari foi estrategicamente escolhida por sua proximidade a portos e centros de distribuição, facilitando a logística para as regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. Durante a inauguração, as autoridades ressaltaram o potencial da fábrica para inovar a mobilidade sustentável no país.
Histórico da Aquisição do Terreno
O espaço onde a BYD agora se instala pertencia anteriormente à Ford, que encerrou suas operações no Brasil em 2021. Em agosto do ano passado, a Ford devolveu o terreno ao governo da Bahia, que trabalha na venda para a BYD desde outubro. As obras começaram em março de 2024, com um total de 156 mil metros quadrados de novas estruturas sendo erguidas, apesar de enfrentarem embargos temporários relacionados a investigações sobre as condições de trabalho nos canteiros de obra. As atividades puderam avançar após a liberação de algumas obras em julho de 2025.
Essa transformação do terreno abandonado em um complexo industrial moderno demandou 15 meses de trabalho e priorizou adaptações para permitir a montagem automatizada dos veículos.
Modelos Iniciais em Produção
A nova fábrica já inicia sua produção com três carros adaptados ao mercado brasileiro, sendo eles:
- Dolphin Mini: Hatch elétrico compacto, que já se destaca como líder de vendas no Brasil com mais de 34 mil unidades emplacadas, cuja versão nacional tem preço de R$ 119 mil.
- Song Pro: SUV híbrido plug-in, que incorpora um motor 1.5 DM-i flex, produto de um desenvolvimento conjunto entre engenheiros brasileiros e chineses.
- King: Sedã médio híbrido, com faixas de preço que variam entre R$ 150 mil e R$ 180 mil, apresentando uma autonomia que supera 1.000 km.
Esses veículos representam 80% das vendas da BYD no Brasil desde 2022, totalizando 172 mil unidades eletrificadas. A expansão para a produção de mais modelos está prevista para os próximos 12 meses, aumentando a capacidade de fabricação para 150 mil veículos anuais na primeira fase, com o objetivo de nacionalizar 80% dos componentes até 2030.
Expansão para Componentes e Chassis
O complexo da BYD não se limita à montagem de automóveis, já que inclui três unidades integradas. A segunda fase da operação prevê a produção de chassis para ônibus e caminhões elétricos, com capacidade para 5 mil unidades anuais a partir de 2026, atendendo às demandas por transportes urbanos sustentáveis. Além disso, uma nova planta dedicada ao processamento de lítio e ferro-fosfato para baterias deve iniciar operações em 2027, explicando a proposta de usar recursos nacionais na construção da cadeia de suprimentos.
Esses investimentos adicionais para o setor pesado devem alcançar R$ 2 bilhões.
Geração de Empregos e Colaboração com Fornecedores
Inicialmente, a unidade da BYD gera 1.500 empregos diretos, com a meta de alcançar 10 mil até 2026, além de criar até 20 mil empregos indiretos na região. Com a ajuda de um programa de qualificação, a empresa pretende treinar 5 mil profissionais em novas tecnologias até o final de 2025, priorizando contratações de residentes locais.
Com 106 fornecedores brasileiros já homologados, a BYD destaca a importância de parcerias, como a com a Continental Pneus em Camaçari, reforçando sua presença no mercado e aumentando o conteúdo nacional de 30% para 70% em cinco anos, o que poderá beneficiar a economia baiana.
Avanços Tecnológicos na Linha de Produção
A fábrica conta com tecnologias inovadoras, como robôs que realizam a instalação de baterias com alta precisão, reduzindo o tempo de montagem em 20%. A implementação de um sistema de sequenciamento inteligente ajusta a produção conforme a demanda do mercado e as condições de estoque.
Com um nível de ruído controlado abaixo de 70 decibéis, a indústria assegura um ambiente de trabalho mais ergonômico. Sensores monitoram em tempo real cada veículo durante a produção, permitindo a identificação de falhas antes da finalização, e toda a tecnologia da unidade está alinhada com as regulamentações de emissões do Proconve L7.
Esse projeto posiciona a nova instalação em Camaçari como um modelo de manufatura sustentável na América Latina, com a capacidade de realizar testes de durabilidade em condições climáticas tropicais.





