Neste domingo, 7 de setembro, enquanto o Brasil comemora seu Dia da Independência, a Bahia destaca-se em sua própria tradição. Embora o desfile cívico-militar tenha início às 7h no Campo Grande, os baianos reservam um significado especial para a independência, celebrada em 2 de julho, quando se comemora a libertação do domínio português.

O historiador Ricardo Carvalho aponta que a separação entre Brasil e Portugal, no âmbito baiano, foi consolidada apenas em 1823, quase um ano após o famoso “grito do Ipiranga”. Esse processo envolveu um embate intenso, com a participação de negros libertos, indígenas, mulheres e camponeses. “Os baianos enxergam o 2 de Julho como uma verdadeira conquista da independência, a ponto de chamarmos de dia da libertação nacional. Embora o 7 de Setembro não seja negado, é essencial destacar o protagonismo da Bahia nesse contexto”, afirma o historiador.

A percepção distinta dessa data reflete como a independência foi vivida de forma mais coletiva e intensa na Bahia, contrastando com o ato simbólico de São Paulo. Essa luta coletiva conferiu ao 2 de Julho um caráter de conquista, e a data se tornou um símbolo de identidade baiana, reconhecido não só regionalmente, mas em nível nacional. Carvalho ressalta que enquanto o 7 de Setembro representa um ritual mais político e institucional, o 2 de Julho é uma celebração enraizada na resistência e na luta de diversos grupos sociais.

A construção dessa narrativa histórica foi passada de geração em geração por meio da oralidade e da celebração anual. Com ícones locais como Maria Quitéria e Joana Angélica, a figura do Corneteiro Lopes, entre outros, a relevância do 2 de Julho se solidificou no imaginário popular. Ao longo do tempo, essa festa se transformou, incorporando elementos como os personagens Caboclo e Cabocla, que simbolizam a luta do povo contra o colonialismo português. O interesse acadêmico também cresceu, dando um caráter mais científico ao estudo dessa data, mas mantendo sua essência popular e a riqueza das tradições.

O historiador observa que, enquanto o 7 de Setembro é um ritual cívico centralizado no Estado e nas Forças Armadas, o 2 de Julho se destaca como uma festividade genuinamente popular. A celebração é marcada não apenas pela presença de autoridades, mas por cortejos, músicas e símbolos que expressam uma forte resistência cultural e um orgulho local.

Carvalho menciona que o dia 2 de Julho ganha cada vez mais força no coração dos baianos, ressaltando que a diversidade das experiências de independência em diferentes regiões do Brasil deve ser reconhecida. O professor ainda complementa que, nas escolas baianas, o 2 de Julho recebe maior ênfase em atividades, projetos e desfiles que reencenam a história da luta pela independência.

Em Salvador, as festividades do Dia da Independência incluem um Desfile Cívico-Militar sob a coordenação da Marinha do Brasil. O evento trará cerca de dois mil militares e civis, com inicio às 7h20. O desfile se baseia em protocolos tradicionais e contará com a presença de autoridades, incluindo o governador Jerônimo Rodrigues (PT), que participará do hasteamento das bandeiras programado para as 8h45.

Essas celebrações refletem não apenas um ato de comemoração, mas a profunda conexão da Bahia com sua história e sua luta pela liberdade, destacando sua singularidade na trajetória nacional.Neste domingo, 7 de setembro, enquanto o Brasil comemora seu Dia da Independência, a Bahia destaca-se em sua própria tradição. Embora o desfile cívico-militar tenha início às 7h no Campo Grande, os baianos reservam um significado especial para a independência, celebrada em 2 de julho, quando se comemora a libertação do domínio português.

O historiador Ricardo Carvalho aponta que a separação entre Brasil e Portugal, no âmbito baiano, foi consolidada apenas em 1823, quase um ano após o famoso “grito do Ipiranga”. Esse processo envolveu um embate intenso, com a participação de negros libertos, indígenas, mulheres e camponeses. “Os baianos enxergam o 2 de Julho como uma verdadeira conquista da independência, a ponto de chamarmos de dia da libertação nacional. Embora o 7 de Setembro não seja negado, é essencial destacar o protagonismo da Bahia nesse contexto”, afirma o historiador.

A percepção distinta dessa data reflete como a independência foi vivida de forma mais coletiva e intensa na Bahia, contrastando com o ato simbólico de São Paulo. Essa luta coletiva conferiu ao 2 de Julho um caráter de conquista, e a data se tornou um símbolo de identidade baiana, reconhecido não só regionalmente, mas em nível nacional. Carvalho ressalta que enquanto o 7 de Setembro representa um ritual mais político e institucional, o 2 de Julho é uma celebração enraizada na resistência e na luta de diversos grupos sociais.

A construção dessa narrativa histórica foi passada de geração em geração por meio da oralidade e da celebração anual. Com ícones locais como Maria Quitéria e Joana Angélica, a figura do Corneteiro Lopes, entre outros, a relevância do 2 de Julho se solidificou no imaginário popular. Ao longo do tempo, essa festa se transformou, incorporando elementos como os personagens Caboclo e Cabocla, que simbolizam a luta do povo contra o colonialismo português. O interesse acadêmico também cresceu, dando um caráter mais científico ao estudo dessa data, mas mantendo sua essência popular e a riqueza das tradições.

O historiador observa que, enquanto o 7 de Setembro é um ritual cívico centralizado no Estado e nas Forças Armadas, o 2 de Julho se destaca como uma festividade genuinamente popular. A celebração é marcada não apenas pela presença de autoridades, mas por cortejos, músicas e símbolos que expressam uma forte resistência cultural e um orgulho local.

Carvalho menciona que o dia 2 de Julho ganha cada vez mais força no coração dos baianos, ressaltando que a diversidade das experiências de independência em diferentes regiões do Brasil deve ser reconhecida. O professor ainda complementa que, nas escolas baianas, o 2 de Julho recebe maior ênfase em atividades, projetos e desfiles que reencenam a história da luta pela independência.

Em Salvador, as festividades do Dia da Independência incluem um Desfile Cívico-Militar sob a coordenação da Marinha do Brasil. O evento trará cerca de dois mil militares e civis, com inicio às 7h20. O desfile se baseia em protocolos tradicionais e contará com a presença de autoridades, incluindo o governador Jerônimo Rodrigues (PT), que participará do hasteamento das bandeiras programado para as 8h45.

Essas celebrações refletem não apenas um ato de comemoração, mas a profunda conexão da Bahia com sua história e sua luta pela liberdade, destacando sua singularidade na trajetória nacional.

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