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O ano de 2024 trouxe um cenário desafiador para quem depende de medicamentos no Brasil. O preço de diversos produtos farmacêuticos disparou, com aumentos que ultrapassaram impressionantes 300%, segundo dados da CliqueFarma/Afya. Entre os medicamentos que mais subiram, destaca-se a rivaroxabana, usada para prevenir e tratar tromboses, que teve um aumento de 359%. Outros exemplos incluem a prednisolona, com alta de 340%, e a tadalafila, que ficou 328% mais cara.
Essa elevação expressiva nos preços é resultado de múltiplos fatores econômicos e logísticos. O impacto da inflação, as oscilações cambiais e os problemas enfrentados na cadeia de suprimentos, como o encarecimento de insumos, desempenharam papéis cruciais nesse cenário. Além disso, a alta demanda por certos medicamentos e a falta de concorrência em alguns segmentos agravaram ainda mais a situação. Segundo a CliqueFarma/Afya, medicamentos para condições críticas são particularmente vulneráveis a essas variações.
Embora a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) tenha autorizado um reajuste máximo de 4,5% em 2024, baseado no IPCA, a prática demonstrou que alguns medicamentos superaram significativamente esse teto, expondo as complexidades e particularidades do mercado brasileiro.
Diante desse aumento expressivo, especialistas recomendam que os consumidores explorem alternativas para reduzir custos, como a comparação de preços entre farmácias, a opção por genéricos e a adesão a programas de assistência farmacêutica, como o Farmácia Popular, que oferece descontos relevantes e até medicamentos gratuitos.
O aumento nos preços não é apenas uma questão financeira, mas também um alerta sobre a necessidade de políticas públicas que garantam o acesso a tratamentos essenciais, principalmente para os brasileiros que dependem de medicações de uso contínuo. A questão vai além dos números, impactando diretamente a saúde e a qualidade de vida da população.
