Camaçari voltou a ser destaque — e não é por boa notícia não!
Na mira do Supremo Tribunal Federal (STF), a cidade está sendo investigada por causa das famigeradas “emendas Pix”. E o xerife teve acesso a um relatório pesado da Controladoria-Geral da União (CGU), que apontou superfaturamento, falta de planejamento e um festival de irregularidades na aplicação de R$ 8,3 milhões durante a gestão do então prefeito Antônio Elinaldo Araújo (União Brasil).
Entre fevereiro e abril deste ano, a CGU vasculhou emendas parlamentares que totalizavam R$ 15 milhões para o município. Desses, R$ 8 milhões estavam cheios de problema — e foi justamente aí que o caldo entornou! As suspeitas incluem obras de drenagem sem projeto básico, contratos sem licitação, materiais diferentes dos que foram pagos e até ponte feita sem fundação adequada. Segundo os auditores, faltou planejamento, transparência e sobrou irregularidade.
O relatório mostra que as obras foram executadas “no escuro”, sem metas, sem plano de trabalho e com descrições genéricas do tipo “diversas obras”. Em resumo: o dinheiro público correu, mas ninguém sabia exatamente pra onde.
A CGU apontou ainda que um dos contratos, de R$ 26 milhões, foi assinado com o Consórcio Camaçari Distrito Sede SPE Ltda., sem o devido projeto básico — uma falha grave. Obras como a da Rua Carajás chamaram atenção: a ponte construída lá foi classificada como temerária, pois não tinha fundação segura e colocava em risco a população.
Além disso, foram encontrados indícios de superfaturamento: a prefeitura pagou por escavações com máquinas, mas o serviço foi feito manualmente. Também pagaram por areia fina e usaram areia grossa — o famoso “jeitinho” que sai caro pro bolso do contribuinte.
A CGU não poupou palavras: a ausência de planejamento e de projeto comprometeu a transparência e a eficiência na gestão dos recursos. “Sem projeto básico, não há como o orçamento refletir com precisão o que será executado”, conclui o relatório.
O xerife procurou a Prefeitura de Camaçari, que informou em nota que os fatos se referem à gestão anterior, entre 2020 e 2024, sob comando de Antônio Elinaldo.
Camaçari está no foco do STF, com relatório da CGU apontando um rastro de irregularidades nas “emendas Pix”. E o xerife vai continuar de olho pra saber onde foi parar esse dinheiro todo.







